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Matas secas, sucessão secundária e situação sócio-ambiental

Atualmente, a maior parte das áreas de estudo da Rede Matas Secas Brasileiras encontra-se sobre forte pressão antrópica, normalmente fragmentadas e/ou em mosaicos com fragmentos com diferentes níveis de perturbação. Sendo assim, entender quais mecanismos influenciam, e quais são os atores que participam do processo de degradação/regeneração nessas áreas, é de suma importância para o estabelecimento de medidas direcionadas e eficazes de conservação e manejo de nossas Florestas Secas.

Neste contexto, a Rede Matas Secas Brasileiras também procura entender o processo de regeneração nessas áreas, estudando modificações tanto de aspectos abióticos como bióticos ao longo da sucessão. Além do mais, a rede conta com pesquisadores envolvidos 
com a investigação da situação sócio-ambiental no entorno das Ã¡reas de estudo, com foco principal no uso tradicional dos recursos naturais e possíveis conflitos entre unidades de conservação e as populações existentes nas suas redondezas. 

Especificamente, no contexto da Rede Matas Secas Brasileiras, são estudados(as):

 

Características abióticas do solo

Neste aspectos, são consideradas as mudanças na composição de atributos físicos e químicos  do solo de áreas em diferentes estágios sucessionais.

Variáveis climáticas

Através de torres fenológicas, medidas de temperatura, umidade, radiação, dentre outras, são tomadas para cada sítio de amostragem permitindo inferir, por exemplo, sobre quais variáveis climáticas influenciam a diversidade de espécies.

Composição florística

Características da flora como riqueza, abundância e altura de indivíduos árboreos e lianas são comparados entre os estágios sucessionais utilizando uma metodologia baseada em parcelas.

Mosquitos vetores de doenças

São investigados os efeitos da sucessão secundária sobre a comunidade de mosquitos vetores de doenças inferindo sobre os efeitos da degradação sobre a incidência de espécies vetores de doenças.

Microoganismos 

Mudanças na diversidade da microbiota  associadas a sucessão são avaliadas, através de protocolos específicos para fungos micorrízicos arbusculares e fungos endofíticos.



Invertebrados de solo​

A estrutura da comunidade de cupins, formigas e besouros rola-bosta é comparada ao longo da sucessão, correlacionando com os serviços ambientais prestados por estes grupos.

Herbivoria

São Investigados os padrões de herbivoria ao longo do gradiente sucessional, bem como a relação destes com as características químicas das plantas e aos fatores abióticos e bióticos das áreas de estudo.

Aves 

São investigadas mudanças na estrutura da comunidade de aves ao longo do gradiente de sucessão, além do papel destes grupo na regeneração natural destas áreas, através da dispersão  de sementes e polinização.

Morcegos 

O papel dos morcegos como agentes polinizadores e dispersores é comparado entre os estágios sucessionais, a fim de mapear e entender os efeitos das perturbações antrópicas sobre os serviços ecológicos prestados por esses animais.

Sócio-ambiental

A situação sócio-ambiental das áreas  estudadas é mapeada através de entrevistas e pesquisas sobre o uso e ocupação da região, com ênfase nos conflitos sócio-ambientais e uso sustentável da terra.

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